Após mais de 100 dias de negociação com a diretoria da Petrobras, trabalhadores da estatal entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (15). A decisão foi tomada após a categoria considerar insuficiente a proposta apresentada pela empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
A paralisação ocorre em nível nacional. Segundo o coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, Sérgio Borges, já há adesão ao movimento em refinarias, plataformas e bases administrativas da companhia.
De acordo com Borges, a greve é motivada por uma série de reivindicações, entre elas os descontos no fundo de pensão, atrasos nos salários de trabalhadores terceirizados, além de denúncias de assédio e falta de segurança nas plataformas.
Ainda segundo Borges, os 14 sindicatos que integram a Federação Única dos Petroleiros (FUP) estão mobilizados e cumprem todos os trâmites legais previstos na Lei de Greve.
Em nota, a Petrobras informou que adotou medidas de contingência para garantir a continuidade das operações e assegurou que não há impacto na produção de petróleo e derivados, nem no abastecimento do mercado.
A estatal afirmou ainda que o ACT segue em negociação e que, no último dia 9, apresentou sua última proposta, que, segundo a empresa, contempla avanços nos principais pleitos sindicais. A Petrobras declarou que permanece empenhada em concluir o acordo por meio do diálogo com as entidades representativas.



