Uma megaoperação policial de grande porte foi deflagrada no Rio de Janeiro, com um dos focos sendo a atuação de facções criminosas com ramificações na Bahia. A ação, que mobilizou um grande contingente policial e recursos tecnológicos, visava combater a expansão territorial de grupos como o Comando Vermelho (CV) e capturar lideranças e membros envolvidos com atividades ilícitas, incluindo o tráfico de drogas e crimes violentos.
Coordenada por forças de segurança fluminenses e contando com o apoio de unidades da Bahia, a operação resultou na identificação de, no mínimo, 17 suspeitos baianos do Comando Vermelho (CV). O grupo é acusado de expandir as atividades da facção no estado, concentrando suas ações em cidades como Feira de Santana, Lauro de Freitas, Camaçari, Itabuna e Salvador.
Um relatório obtido pelo BNews revelou que os investigados têm histórico de crimes como tráfico de drogas, homicídios, porte ilegal de armas, associação criminosa e uso de documentos falsos. Entre os nomes citados estão Diogo Garcez Santos Silva (vulgo DG), apontado como uma das lideranças do CV em Feira de Santana com influência direta sobre comunidades na Penha, no Rio; e Robert da Silva de Jesus (Siri), preso recentemente e considerado um dos chefes do grupo em Lauro de Freitas e Camaçari.
Principais Detalhes Encontrados
- Foco Principal: A operação, batizada em algumas fontes como “Operação Contenção”, ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, contra o Comando Vermelho (CV).
- Alvos da Bahia: Fontes policiais confirmaram que a operação tinha como alvos indivíduos envolvidos com facções criminosas que atuam tanto no Rio quanto em outros estados, incluindo a Bahia. Foi reportado que, entre os mortos, estavam dois homens apontados como traficantes vindos da Bahia.
- Resultados:
- A Defensoria Pública do RJ estima que mais de 130 pessoas morreram na operação que está sendo considerada como uma das mais letais da história do Rio de Janeiro, com dezenas de suspeitos mortos, além de quatro policiais.
- Houve um grande número de prisões (mais de 80) e apreensão de armamentos pesados, como fuzis.
- A ação gerou uma forte reação dos criminosos, que ordenaram o fechamento de vias e usaram táticas de “guerra”, como o uso de drones para lançar projéteis.
A dimensão da operação e o confronto evidenciaram a gravidade da situação de segurança pública e o poder bélico do crime organizado no Rio, que tem buscado expandir sua atuação para outras regiões do país, como a Bahia. As investigações e operações conjuntas entre as polícias do Rio e da Bahia têm se intensificado para desmantelar esses elos interestaduais.



