Médicos que atenderam o ex-presidente Jair Bolsonaro relataram que ele apresentou quadro de confusão mental e alucinações na noite de sexta-feira (21), após a visita de integrantes de sua equipe médica na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Segundo o documento apresentado pela defesa, os sinais teriam relação com o uso da medicação pregabalina, que, em combinação com outro remédio, teria provocado a reação observada.
O laudo médico foi anexado aos autos e encaminhado às autoridades responsáveis pela execução da prisão, que agora avaliam os cuidados de saúde necessários ao detido. A defesa argumenta que a condição apresentou caráter agudo e pediu atenção médica imediata.
Fontes próximas à equipe do ex-presidente afirmam que a prescrição de pregabalina foi feita por um profissional diferente do grupo que o acompanha habitualmente, o que teria gerado a interação medicamentosa não prevista, segundo a explicação dos médicos. A defesa informou ainda que vai requisitar a continuidade do atendimento médico especializado enquanto as investigações sobre a movimentação e o uso de medicamentos seguem em curso.
O episódio também motivou reação de autoridades e da própria equipe da unidade prisional, que avaliam se o tratamento e as condições de custódia atendem às necessidades clínicas indicadas no laudo. Não houve, até o momento, informação oficial sobre mudança no regime de custódia, e o caso permanece sob análise das instâncias competentes.



