O capitão da Polícia Militar da Bahia, Mauro Grunfeld, voltou a ser preso na manhã desta quinta-feira (11), em Salvador, durante a megaoperação Zimmer. Ele é apontado como um dos suspeitos de integrar uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, comércio ilegal de armas e outros crimes violentos.
A nova prisão acontece depois de uma longa sequência de investigações. Grunfeld já havia sido detido duas vezes, em maio e julho de 2024, na Operação Fogo Amigo, que investigava a venda ilegal de armas e munições para facções da Bahia, Pernambuco e Alagoas. Mesmo liberado por decisões judiciais, o militar voltou a ser alvo das autoridades após recursos apresentados pelo Ministério Público.
Em maio deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a prisão preventiva e aplicou medidas cautelares, como a entrega do passaporte e a obrigação de comparecer periodicamente à Justiça. A defesa do capitão não foi localizada pela reportagem.
Nas redes sociais, Grunfeld mantinha uma rotina de ostentação, com registros em iates na Baía de Todos-os-Santos e viagens internacionais. Antes da prisão na Operação Fogo Amigo, ele atuava como subcomandante da 41ª CIPM, na Federação.
A Polícia Militar, por meio de nota divulgada nesta quinta-feira, informou que a Corregedoria da corporação cumpriu o novo mandado de prisão “diante da necessidade de aprofundar investigações sobre o eventual envolvimento do militar em crimes tipificados na Lei de Drogas”. A corporação reforçou ainda o compromisso com a legalidade, disciplina e ética profissional.
A megaoperação Zimmer cumpre mandados na Bahia e em outros cinco estados — Sergipe, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco. Ao todo, 39 suspeitos foram presos, em uma ação que mobiliza cerca de 400 agentes do Deic, da Polícia Militar, da Polícia Federal e do Departamento de Polícia Técnica (DPT).


