A Justiça manteve a prisão de Poliane França Gomes, detida na quinta-feira (27) com R$ 190 mil em espécie em Salvador. A decisão foi tomada após audiência de custódia realizada na sexta (28). De acordo com a Polícia Civil, a mulher atuava como advogada de uma facção criminosa com operação na Bahia e ligação com grupos do Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo as investigações, Poliane mantinha relacionamento íntimo com o chefe da organização, que está preso no Presídio de Segurança Máxima de Serrinha, a cerca de 190 km da capital. Ela é apontada como responsável por transmitir ordens estratégicas, reorganizar territórios, articular cobranças e manter comunicação entre internos da unidade prisional e lideranças externas.

A prisão integra a Operação Rainha do Sul, conduzida pelo Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). A ofensiva tem como alvo o núcleo financeiro e operacional da facção, com foco na interrupção das atividades que ainda eram comandadas de dentro do presídio.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA) informou que o caso será analisado pelo Tribunal de Ética e Disciplina (TED). Em nota, a entidade afirmou que acompanhou a prisão para garantir as prerrogativas profissionais, como prevê o Estatuto da Advocacia, mas reforçou que eventuais infrações éticas seguem em análise sigilosa pelo TED, conforme determina a legislação federal.



